A tudo eu prefiro amar, disso dependo não para ser quem sou, e sim o que quero ser, sonhar comigo outro, vagar embora, navegar sem leme em alto-mar, esquecido do chão onde de fato piso.
resumo
Em O que é o Amor?, Betty Milan procura responder à questão do título. Focaliza a paixão do amor, analisando este sentimento contraditório que insensivelmente se transforma em ódio. Examina detidamente os dizeres do amor – do eu te amo, passando pelo você me enlouquece até a culpa é sua – e mostra como pode a desilusão nascer da ilusão.
Por fim, contrapõe à paixão do amor a paixão do brincar, que é o amor à brasileira, cujo melhor exemplo se encontra no romance Macunaíma de Mario de Andrade.
histórico
Em 2018, mais de trinta anos após seu lançamento, a editora Record reedita, O que é o amor?, com nova introdução e novo formato. Inicialmente publicado pela Brasiliense em 1983, com o título O que é amor, teve várias reedições no formato de bolso da Coleção Primeiros Passos, sendo a edição de 1999, revista e publicado pela Record, já renomeado como O que é o amor? O capítulo “Dizeres” foi adaptado para o teatro em 1994, sob o título de Paixão. A peça, interpretada por Nathalia Timberg em quase todos os estados do país, teve ainda uma edição em áudio (CD). O mesmo capítulo “Dizeres” deu origem a uma exposição de frases, com arte do arquiteto, designer e artista plástico Augusto Livio Malzoni, que circulou pelas bibliotecas públicas do Estado de São Paulo: Aparecida (15 a 31/07/1994), Lavrinhas (1 a 15/08/1994), Paraibuna (16 a 31/08/1994), Taubaté (1 a 15/09/1994), Lorena, (16 a 31/10/1994), Cachoeira Paulista (1 a 15/11/1994), Ubatuba (16 a 30/11/1994), Caraguatatuba (1 a 15/11/1994), São Sebastião (16 a 31/12/1994), Jacareí (1 a 15/01/1995).
BRASIL
Amar é, antes de mais nada, viver a impossibilidade da união total e, mesmo depois de reconhecer tal fracasso, continuar a amar o Amor. Não há amor sem paixão. E Betty Milan se interessa pela paixão. Gérard Lebrun, Jornal da Tarde, 2/07/1983
Betty Milan inventa um discurso amoroso … como Xerazade, ela conta histórias. Neide Archanjo, orelhas do livro, 1991
Não se trata, para a autora, de propor uma ou outra definição objetiva do amor, mas de assumir, em seu livro, a própria lógica da paixão amorosa. Michel Lahud, Folha de S. Paulo, 21/08/1983
PORTUGAL
LiO que é o amor? com gozo intelectual e proveito. Eduardo Prado Coelho, carta de 15/01/1984
área de interesse
Literatura, Psicologia, Psicanálise, Antropologia, pelo contraponto entre o amor do amor e o amor do brincar.