sobre a obra

 

Amantes da palavra

Comecei achando que seria algo no modelo Chardelos de Laclos, Les Liaisons dangereuses. Não era. Estava mais próximo de 84, Charing Cross road, que virou filme lindo com o título “Nunca te vi, sempre te amei”.

É uma cartografia de afetos entre duas excelentes escritoras. Começa com quase haicais sintéticos e intensos, passa pela citação e depois vai para o cotidiano refletido. Lindas frases com ideias sensíveis de almas generosas e muito agudas do ponto de vista poético.
Gostei muito. Mesmo.

Leandro Karnal


Heresia

Um livro forte, corajoso, oportuno e muito surpreendente pela composição.
Roberto Schwarz


Lacan ainda

Acho surpreendente e quase milagroso que tenha conseguido evocar uma análise com Lacan com tanta clareza e precisão. Você quase consegue um suspense/thriller.
Michèle Sarde

Na já consagrada concisão da prosa poética de Betty Milan, pontuada por insights cuja densidade exalta a força da palavra — matéria-prima da literatura e da psicanálise —, o ritmo é de batidas de tambor. É a arte da prática analítica que se revela aqui apta para abrir a estrada perdida do inconsciente na procura de se tornar o que de fato se é.
Marco Antônio Coutinho


Baal – um romance da imigração

A autora conseguiu mesclar em “Baal” o tom intimista de seus grandes romances anteriores com o documental da vida brasileira, marcando a inserção de nova etnia cuja cultura tanto enriqueceu o Brasil.
Deonisio da Silva

Baal se inscreve numa linhagem, mais restrita e excêntrica: a dos romances escritos por um “defunto autor”. Betty Milan, de alguma forma, “cria” essa linhagem, pois ilumina retrospectivamente os liames que há entre seus predecessores ilustres – em primeiro lugar, obviamente, Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, mas também O pirotécnico Zacarias, de Murilo Rubião.
Manuel da Costa Pinto


A Mãe Eterna

Um livro ambivalente e interessantíssimo sobre a vida aos cem anos.
Roberto Schwarz

Um livro belíssimo, contido e sem sentimentalismo… dá a ver um mundo familiar mas também universal e intemporal.
Teolinda Gersão


Carta ao Filho

Neste livro, é a ousadia que vigora. Partícipe da Revolução Sexual e de outras revoluções políticas e comportamentais contemporâneas, a autora vive as conquistas das mulheres e recusa a pressão social que pretende fechar a mãe numa clausura. Sua Carta ao filho é uma reflexão séria e profunda sobre a condição materna neste século.
Mirian Paglia, jornalista

Temos que saudar o trabalho da Betty, um trabalho de grande importância, coragem, e volto a dizer pioneiro.
Mary Del Priore, historiadora


Consolação

Um hino à alegria e à vida.
Michèle Sarde


quando Paris cintila

Neste livro, Betty Milan nos leva a ver o espelho em que vemos a nós próprios e ao mundo. (…) Capítulo por capítulo do livro – todos escritos de tal forma que podem ser lidos como poesias, em linhas sem ponto nem inicial maiúscula –, ela vai abrindo as cortinas que se estendiam sobre essas janelas e portas antes insuspeitadas.
Fernando Nuno


Fale com ela

A arte imita a vida, ou é a vida que imita a arte? Ambos, evidentemente, e essa implícita dialética entre os acontecimentos do dia a dia e a produção simbólica confere interesse adicional a Fale com ela, tornando estimulante sua leitura.
Claudio Willer


O amante brasileiro

Betty Milan escreveu uma narrativa baseada não em missivas, mas em e-mails trocados por um casal de enamorados. Ou seja, o e-mail é a matéria-prima do romance epistolar de nosso tempo.
Marcelo Pen


O clarão

Uma iquebana literária.
Frei Betto


O século

(…) conjunto impressionante de entrevistas, de grande interesse literário e historiográfico.
Otavio Frias Filho


A força da palavra

São muito estimulantes as entrevistas. Curtas, mas densas, cheias de sugestões reflexivas
Maria Isabel Barreno


O sexophuro

Sucessão de instantes poemáticos, o livro confirma que ainda há quem escreva, quem saiba escrever, quem precise escrever.
Otto Lara Resende

Li O sexophuro, apreciei muito a ficcionista, como antes já admirava a psicanalista.
Ciro dos Anjos

Recebi O sexophuro e apreciei devidamente a originalidade do seu trabalho.
Carlos Drummond de Andrade

Considero O sexophuro um belíssimo texto em que a prosa é tratada com a sensibilidade e o cuidado minucioso da poesia.
Leyla Perrone-Moisés


E o que é o amor?

Betty Milan, com tanta coragem quanto fineza, mostra que o palrear monótono dos apaixonados não é tão grotesco como nosso ‘bom gosto’ nos leva a crer.
Gérard Lebrun


Isso é o país

Invejo no livro de Betty Milan o estilo, o dinamismo, a inteligência e a leveza.
Roberto Da Matta


O país da bola

Gostei muito de ter olhado e lido o livro, as imagens são belas e o texto é excelente.
Jorge Amado

Um bem-sucedido mergulho na paixão do futebol e uma atraente leitura pela facilidade com que a autora – uma mulher, vejam só, dando baile em muito homem – trata o tema.
Juca Kfouri


O papagaio e o Doutor

Escreve como quem muda os dormentes nos trilhos da ferrovia para novo curso do trem acordado. Já pensou? Melado de uva.
José Celso Martinez Corrêa

Li o livro deliciando-me em vários planos: no ficcional, no documental e no plano do depoimento pessoal.
Moacyr Scliar


A paixão de Lia

Uma polifonia de vozes e um tipo de ficção onde a inventividade se sobrepõe à forma. A autora entra numa linhagem de escritores da qual fazem parte Lúcio Cardoso e Clarice Lispector.
Deonísio da Silva