Amizade, ferramenta da paz social
O sucesso do périplo com o romance e a exposição motivou a introdução do projeto nas escolas e deu origem a um segundo livro, A cartilha do amigo. Para tanto, foi elaborado um Suplemento Pedagógico abordando a leitura de O clarão e o trabalho com suas temáticas em classe. Com suas características educacionais bem estabelecidas, o Projeto Amizade no Terceiro Milênio foi adotado pela Diretoria de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Educação e introduzido na rede pública de ensino da cidade de São Paulo.
Os materiais foram distribuídos da seguinte forma:
1.200 exemplares de O clarão (com o Suplemento Pedagógico) e de A cartilha do amigo para as Salas de Leitura de cada uma das 1.200 escolas públicas municipais da cidade de São Paulo.
800 exemplares de O clarão (com o Suplemento Pedagógico) e de A cartilha do amigo em uma pasta contendo material descritivo do Projeto para formadores de opinião, autoridades educacionais e culturais, além de secretarias municipais de educação.
26 mil exemplares de A cartilha do amigo para cada um dos alunos da 3ª e da 4ª série do Ensino Fundamental de 38 escolas situadas no entorno dos Centros de Ensino Unificados (CEUs), que estavam sendo inaugurados na época em São Paulo pela prefeita Marta Suplicy.
Dois conjuntos da exposição Os Dizeres do Amigo cedidos temporariamente à Secretaria Municipal de Educação para itinerância nas escolas onde seriam distribuídos os exemplares de A cartilha do amigo.
No contexto da escola, o principal objetivo do projeto – a difusão do ideário da amizade – foi aplicado a questões específicas desse meio, como a discussão da violência na escola e na cidade, a importância da generosidade, o ganho que resulta dos atos gratuitos, a vantagem de ter relações desinteressadas, o benefício da delicadeza no trato com o outro.
A idéia básica é que todos esses objetivos podem ser alcançados através da leitura do romance e da cartilha, pois é pela reflexão que o projeto se realiza e nada melhor do que ler para refletir. Com isso, tem-se que um dos ganhos colaterais do projeto é o estímulo à leitura criativa, dada a aposta no caráter transformador da leitura.
A introdução do Projeto na escola depende basicamente do professor, ao qual cabe encontrar um modo amistoso de transmiti-lo. Faz parte do trabalho descobrir e aprimorar a metodologia. É importante que o professor utilize os recursos que a escola tem, valorizando o computador, o rádio, o jornal. Assim, por exemplo, a exposição Os Dizeres do Amigo pode ser apresentada nas aulas de informática. As escolas que têm rádio podem veicular as frases num de seus programas. As que têm jornal podem introduzir as frases na pauta. Isso significa que tanto O clarão quanto A cartilha do amigo podem servir para orientar pequenas “campanhas” midiáticas na escola. O professor deve procurar envolver o aluno no projeto para fazer dele um difusor da ética da amizade, um pequeno professor. Isso significa que a qualidade da relação entre professor e aluno é decisiva.
O público-alvo de A cartilha do amigo é o Ensino Fundamental 1: de 1ª a 4ª séries, de 7 a 10 anos.
O público-alvo de O clarão é o Ensino Fundamental 2: de 5ª a 8ª séries, de 11 a 15 anos, e o Ensino Supletivo, de 15 a 18 anos.