A vida é um teatro

A vida é um teatro

a-vida-e-um-teatroAbertura. Barbara Riethe (A voz do inconsciente), Teatro Livraria da Vila, SP,2012.
Foto: Maria Julia Bertazzi


trecho

Amar é tão vital quanto respirar. Romeu: «— Me chama de meu amor e eu estarei rebatizado». O amor faz renascer… rejuvenescer. (Enfaticamente) Quem não quer o fogo, a labareda? Quem pode censurar  o outro porque deseja amar e beber na Fonte de Juventa? (Debochando) « Censura-te» Cala a boca. Amar é viver.


resumo

« O mundo inteiro é um teatro », diz Shakespeare e A Vida é um Teatro é o título da peça de Betty Milan, adaptada do seu livro Quem ama escuta. O livro reúne as melhores crônicas do consultório sentimental da autora. Infidelidade,  ciúme,  masoquismo,  preconceito sexual.

A própria autora selecionou as crônicas mais propícias à dramatização e tratou-as como pequenas cenas, em que há um consulente, um consultor e uma personagem cuja função é a do coro, A VOZ.

A peça é para  três atores. Todos ficarão em cena, do começo ao fim, diante de um púlpito  com o texto, que será tratado como uma partitura. Isso significa que o ator, como o cantor,  entregará o texto ao público com a voz.


histórico

A peça foi escrita para o grupo Vozes, formado por Barbara Riethe, Betty Milan, Fabio Carrilho e Miguel Prata, que se encontraram na USP, na oficina de Jean-Luc Paliès, diretor francês convidado, que ensinava a sua forma de expressão teatral, a Versão Púlpito, de inspiração brechtiana. Foi apresentada em São Paulo na Livraria Cultura em fevereiro de 2012 e na Livraria da Vila (fotos) em março do mesmo ano. Voltou ao cartaz durante o mês de agosto na Livraria da Vila e foi apresentada no Congresso Literário da Fliporto, em Pernambuco, em novembro de 2012.

Acesse aqui o texto de A vida é um teatro.


opinião

Tenho ouvido maravilhas sobre o espetáculo de sua autoria e direção. Ninguém melhor que o autor, como já fazia Beckett, para dirigir suas próprias obras. Estou louco pra ver!
Zé Celso, 2012

Adorei o conceito da sua peça: minimalista/maximalista.
Denise Stoclos, 2012